A árvore ouviu o poema das zebras
escrito por Bernardo Texugo
ouviu misturado ao vento
e ao zumbido de um inseto de olhos pontudos
Ouviu que as zebras iam sorridentes
o canto do vento dizia: vamos, vamos
As árvores não vão a lugar algum
os homens, por exemplo,
andam velozes sobre rodas
as zebras correm contentes
As flores caíram na boca dos crocodilos
flores cor de zebra, galopantes,
mergulharam na boca dos crocodilos
cor de sangue
Duas ou três escaparam
e em algum lugar do mundo
nasceram zebras vermelho-sangue
Poema construído como exercício durante a oficina com Carlito Azevedo, em Jaraguá do Sul. Inspirado no poema "A morte e as zebras" de Bernardo Atxaga. A intenção foi colocar a árvore como protagonista e também usar o elemento da metamorfose, trocando zebras por flores nas sensações da árvore.
sábado, 3 de dezembro de 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
Agosto
Toda essa chuva sobre a cidade
sobre o país e o mundo
não cabe em mim.
Em mim cabe apenas a saudade da primavera
sobre o país e o mundo
não cabe em mim.
Em mim cabe apenas a saudade da primavera
sábado, 23 de julho de 2011
Tela do fim do mundo
o nunca
doendo na nuca
feito um osso
nunca é o nunca
doendo na nuca
feito um osso
nunca é o nunca
no colo
uma estrela
espreita
as formas
informes
do mundo
uma estrela
espreita
as formas
informes
do mundo
colosso
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Concurso Poesia urbana
Estão abertas as inscrições para o concurso Poesia Urbana.
Os melhores textos serão veiculados nos ônibus de algumas empresas do Vale do Itajai.
O concurso é direcionado a catarinenses maiores de 18 anos (ou residentes no Estado há pelo menos dois anos). Mais informações no site:
http://www.unifebe.edu.br/poesiaurbana
Participe, divulgue!
Abraços,
Suzana Mafra
Os melhores textos serão veiculados nos ônibus de algumas empresas do Vale do Itajai.
O concurso é direcionado a catarinenses maiores de 18 anos (ou residentes no Estado há pelo menos dois anos). Mais informações no site:
http://www.unifebe.edu.br/poesiaurbana
Participe, divulgue!
Abraços,
Suzana Mafra
sábado, 19 de março de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Apontamentos de verão
A vida pode ser leve
A vida pode ser breve
A vida só não pode ser fugaz
A vida só não pode ser fingimento
E se parássemos
para olhar o infinito sobre o mar?
Se parássemos por um instante,
quem atuaria no plano tecnológico, político, pedagógico?
Cadê a Escola com jeito de casa?
Como aprender sobre a vida num lugar sem vida?
É preciso que o movimento no Cairo se universalize
É preciso decretar que nenhuma árvore será derrubada
Derrubem os homens, deixem as árvores
Que o litoral seja decretado lugar de todos
para que nós acampemos quando pudermos
e aves, bichos e plantas voltem à vida
Façamos a revolução!
A vida pode ser breve
A vida só não pode ser fugaz
A vida só não pode ser fingimento
E se parássemos
para olhar o infinito sobre o mar?
Se parássemos por um instante,
quem atuaria no plano tecnológico, político, pedagógico?
Cadê a Escola com jeito de casa?
Como aprender sobre a vida num lugar sem vida?
É preciso que o movimento no Cairo se universalize
É preciso decretar que nenhuma árvore será derrubada
Derrubem os homens, deixem as árvores
Que o litoral seja decretado lugar de todos
para que nós acampemos quando pudermos
e aves, bichos e plantas voltem à vida
Façamos a revolução!
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